* Por Larissa Santos – advogada e sócia do Parish & Zenandro Advogados- Gestora do PZ Camaçari
Hoje, 15 de Dezembro, é o Dia da Mulher Advogada!
Ser mulher e advogada em 2023 nos coloca em um lugar de poder nunca visto antes.
Pela primeira vez, somos maioria na Ordem dos Advogados do Brasil. Aliás, a mudança do nome para “Ordem da Advocacia Brasileira” já está em pauta há um bom tempo, justamente para que haja mais igualdade de gênero e reconhecimento de que esta demanda é a mais apropriada aos tempos atuais.
Aqui, no Parish & Zenandro, somos maioria desde sempre, com cerca de 80% do nosso corpo técnico jurídico formado por mulheres.
E é dessa realidade cotidiana que devemos nos nutrir. Nada melhor do que a prática para a gente entender quais são os percalços e glórias de ser advogada e mulher no Brasil.
Eu posso falar um pouco sobre o meu recorte, em Camaçari/Ba, Dias D´Avila, Abrantes, Mata de São João etc. Advogo na região que abarca um dos maiores pólos industriais do Brasil. Sou previdenciarista, atuo em causas contra o INSS. Isso significa que lido com pessoas e expectativas de todas as ordens. São clientes urbanos, rurais, de diversas classes, idade, gênero e realidades.
Ser advogada previdenciarista é, sobretudo, cuidar. Cuidar do presente, cuidar do futuro, resgatar o passado em busca do melhor direito e proteção social.
E de cuidar, nós, mulheres, entendemos bem. Na realidade do meu ofício, percebo que as mulheres ainda se preocupam mais com a prevenção, em como melhor contribuir para o INSS, em pensar no futuro e na melhor aposentadoria, seja delas ou de seus familiares. É impressionante, por exemplo, a incidência de mulheres acompanhando seus filhos, maridos e parentes aos consultórios médicos em busca de documentos comprobatórios, e aos escritórios de advocacia, em busca dos benefícios previdenciários, por estarem seus entes queridos impossibilitados de trabalhar.
Somos nós, mulheres, advogadas, mães, irmãs, esposas, amigas, que estamos aqui, construindo uma teia cada vez mais robusta de relações e é isso que devemos hoje, 15 de dezembro, celebrar!
Obrigada Esperança Garcia, mulher negra e escravizada, reconhecida como a primeira mulher advogada do país, ao denunciar maus tratos sofridos por ela e seus filhos. Obrigada, Myrthes Gomes de Campos, primeira mulher a exercer formalmente a advocacia no Brasil! Parabéns a todas as advogadas do Brasil, em especial, às minhas queridas colegas advogadas do PZ!
Larissa Santos é graduada em Direito pelo Centro Universitário Jorge Amado. Pós-Graduanda em Previdenciário e Prática Previdenciária pela Faculdade Legale. Advogada e Sócia na Parish & Zenandro Advogados.